domingo, 26 de outubro de 2014

A Gruta de Flautas de Bambu !


Uma das cidades que fui durante minha viagem à China com duração de 15 dias, foi Guìlín (桂林). Esta cidade está localizada no noroeste da Região Autônoma Zhuang de Guangxi, situada na margem oeste do rio Li, em uma zona de montanhas, com isso deixando a cidade com um belo visual.


Visitei diversos lugares, mas o que mais me chamou a atenção foi conhecer a Gruta de Flautas de Bambu, cujo nome deve-se à tradição de fabricar flautas com as canas de bambú que crescem ao redor da entrada da gruta. Ela também serviu de refugio durante a II Guerra Mundial. 

Esta gruta tem o visual fantástico devido à iluminação criada pelos chineses com luzes de neon em conjunto com as diversas formações de estalactites e estalagmites.

Outro fator incrível na Caverna é que dentro tem um lago interior, conforme a foto:


Viajar para o oriente é algo incrível e transformador do qual sugiro para quem tiver oportunidade de conhecer, não irá se arrepender.

Relato concedido por Luiz Carlos.

domingo, 19 de outubro de 2014

15 dicas antes de ir para China!


1 – Para ir à China, é necessário ter o visto de entrada que custa em média R$300,00. Se a viagem for somente para Hong Kong ou Macau, o visto não é necessário.
– Vá até um posto de vacinação e verifique quais vacinas são necessárias para ir à Ásia, tome-as com pelo menos 15 dias de antecedência.
- Troque o real por dólar americano, mas evite pegar notas antigas, manchadas ou rasgadas, devido ao alto índice de falsificação alguns locais não aceitam estas notas, principalmente em cassinos.
4 – Se precisar de interprete contrate nas universidades de língua portuguesa no país, em alguns locais da China só se fala mandarim ou cantonês e sai muito mais barato do que contratar pelas agências, mas lembre-se que interprete não é guia turístico.
5 – Macau  é a cidade mais cara da china, pois é a Las Vegas asiática, no entanto, o real tem valor em Macau. Do lado fica Hong Kong, o paraíso dos eletrônicos, vale a pena sair as compras.
6 – Assim que chegar troque os dólares americanos por patacas (apenas para Macau) e por Hong Kong dólares (aceito em Macau e Hong Kong).
7 – Leve remédios de costume para indisposição alimentar, pois os temperos e a comida são muito diferentes, evite também beber água das torneiras.

8 – Evite roupas extravagantes, curtas ou decotadas demais para não se sentir o incômodo de olhares reprovadores do povo chinês.
9 – O chinês é um povo silencioso, com exceção dos cassinos, o tom de voz é bem moderado e alguns se assustam com os sons efusivos do povo latino. Também não se recomenda cumprimentos com beijos ou tocar demais no interlocutor, principalmente se for do sexo oposto e estiver em público.
10 – Prefira travelers cheques ou cartões de crédito / débito, traga poucos dólares pois é muito fácil encontrar caixas eletrônicos para pegar dinheiro, não se preocupe com roubos, o índice de violência é muito baixo.
11 – Na China é permitido fumar em diversos locais, mas respeite as pessoas e mantenha distância quando estiver fumando. Não jogue bitucas em plantas ou na rua, em Hong Kong e Macau as ruas são muito limpas, sem sujeiras ou pontas de cigarro.
12 – Se for a negócios, entregue e receba documentos, papéis ou cartões com as duas mãos e  permaneça com o material recebido até que quem o entregou saia ou guarde algo primeiro, se isso não acontecer, pergunte a pessoa se já pode guardar.
13 – Não fure fila na China, pois o povo fica indignado e reclama disto. Espere pacientemente sua vez, afinal é gente demais em todos os lugares.
14 – As comidas orientais servidas na China não são tão iguais as servidas no Brasil, atenção ao escolher os pratos, pois os temperos são bem exóticos ao nosso paladar. Em geral a alimentação é um dos itens mais caros durante a viagem.
15 – As tomadas no país são em sua grande maioria de 220 volts. Traga equipamentos eletrônicos de dupla voltagem, os bivolts. Existe também um adaptador de viagem internacional que serve bem na China.

domingo, 12 de outubro de 2014

Ser estrangeiro na China


Até que não é tão difícil assim morar na China! Ai você vai pensar: ‘ela enlouqueceu!’. Mas não, é só você comparar algumas situações.
A língua é a primeira delas. Realmente o mandarim é muito difícil, estou tentando com afinco dessa vez, mas se quer escrever também, ai a coisa pega! A maioria dos estrangeiros que falam mandarim fluente, os que eu conheço, não escrevem em caractere. Somente em pinyin. E isso continua sendo uma enorme barreira, porque o chinês geralmente não sabe ler o pinyin. Mas em contrapartida, aprende mandarim quem quer e se quiser. O governo não obriga o estrangeiro que venha residir e trabalhar na China a aprender o idioma nacional.
Também conheço pessoas que moram aqui há 10, até 15 anos e não falam nada de mandarim além do trivial ‘Nihao’ (como vai?), ‘zai jiàn’ (até logo) e ‘duoshao qiàn?’ (quanto custa). Meu marido é um deles! =[ Se acomodou com a secretária-tradutora-assistente e pronto. E olha que sobreviver em Chang Chun, norte da China, sem o mandarim não deixa de ser um ato de bravura! Já em Shanghai as coisas são mais simples, porque a comunidade de estrangeiros é imensa, e há o que chamo de ‘bolha’ onde vivemos. Nessa ‘Neverland’ os restaurantes tem cardápio em inglês, os garçons falam ao menos um inglês básico, as lojas são voltadas também para o público do resto do mundo. Aí, com uma mimica aqui, um google translator ali e um montão de paciência é possível se comunicar. E depois de um tempo, a gente acaba se acostumando com esse jeito de viver e até acha que é normal. Acreditem.
O que vem acontecendo nos últimos dois ou três anos, é que as empresas (principalmente as multinacionais) estão querendo funcionários estrangeiros que tenham um domínio relativo do mandarim. Hoje falar mandarim é um PLUS e tanto no currículo de qualquer pessoa.
Tenho uma invejinha boa das crianças, que chegam aqui mal falando sua língua materna e depois de seis meses falam inglês, mandarim e mais a língua de casa. E ainda corrigem os pais na pronúncia do inglês! Dorme com esse barulho! Como frequentam escolas internacionais, o inglês é a língua principal. Na escola até o 10° ano, o mandarim é compulsório e a língua materna é a que se fala em casa. Com o plus de aprender a escrever em caractere. Pensem no futuro dessa geração que vai para o mundo daqui mais uns anos.
Aí você se pergunta: Mas já que o mundo quer fazer negócio com a China, porque o governo não incentiva o estrangeiro a aprender o mandarim? Porque não interessa. Essa é minha conclusão depois de tantos anos aqui. E esse é o outro ponto que difere de ser estrangeiro em outros países. Na China sempre seremos estrangeiros, diferentes, forasteiros. E vamos combinar que é impossível um alemão loiro de olhos azuis ser confundido com um local, certo? Nem no branco dos olhos isso cola!
Ninguém recebe cidadania chinesa, mesmo morando aqui há 20 anos. Se seu filho nascer aqui ele não é chinês. E se você estiver ainda na China quando ele fizer 18 anos, ele tem que ir embora, pois o vinculo familiar para visto termina ali. Conheço uma família de finlandeses que moram aqui há décadas, dos quatro filhos, só um nasceu na Finlândia. Os outros três nascerem e cresceram aqui. Falam melhor o mandarim do que a língua materna dos pais, mas como foram fazer faculdade na Europa, quando vem passar as férias de verão e as festas de final de ano com os pais, precisam de visto de turista.
Meus filhos estudam aqui, então o visto deles é atrelado à universidade. O Nelson quando fez 18 anos ainda estava na metade do IB, e mesmo assim, o visto dele foi desvinculado do visto da família e a escola teve que enviar uma série de documentos que comprovassem que ele era aluno frequente.
Resumindo, se nunca o governo dará ao estrangeiro um visto permanente, porque fazer a pessoa se descabelar para aprender sua língua? A ideia de expatriação na China sempre foi de temporada, de estação. A maioria das pessoas vem com dia certo de chegada e de partida. Com algumas exceções, como a da minha família, que nem imaginamos o dia que voltaremos ao Brasil! Mas mesmo depois de nove anos, todo ano precisamos renovar visto. Quando saímos e entramos no país temos que passar pela imigração, da mesma forma que o turista que vem passar uma semana.
Agora a lei de visto sofreu uma alteração e parece que em alguns casos serão emitidos vistos de 5 anos para alguns profissionais residentes. Estamos torcendo para que seja o nosso caso. Aí, ao menos esquecemos a burocracia por um tempo!
Zài Jiàn!
Fonte: Brasileiras pelo Mundo. 

domingo, 5 de outubro de 2014

Shanghai: entre o passado e futuro !


Às margens do Rio Huangpu debruça-se a mais populosa e dinâmica cidade da China, Shanghai. Atualmente possui mais de 20 milhões de habitantes, mas ela surgiu modesta, como uma vila de pescadores há cerca de mil anos. Por causa do rio se tornou um importante porto durante a Dinastia Ching, no século XVIII. Em 1920 já era o principal ponto de comércio entre a Ásia e o mundo. Mas, a chegada do comunismo, em 1949, estancou essa fase áurea por mais de quarenta anos até que, novamente, o dragão alçou vôo e reconquistou seu espaço na economia mundial. 


O rio sempre acompanhou silenciosamente os altos e baixos de Shanghai desde os primórdios, durante a Dinastia Sung, até a superlativa fase atual. Ele marca uma fronteira bem nítida entre a margem esquerda – “The Bund” – onde se erguem os prédios históricos da época em que a cidade era o terceiro maior centro financeiro do mundo e a margem direita – “Pudong” – área rural, cheia de plantações de bananeiras que foi convertida pelo governo no novo centro financeiro. E, surpreendentemente, isso ocorreu em menos de dez anos. Assim, passado e futuro se olham de frente, tendo as águas do rio Huangpu como testemunhas do tempo.


A arquitetura européia típica do século passado mostra os sinais de que o ocidente já andou marcando terreno em Shanghai. Antigamente, a avenida “The Bund” ou Zhongshan Dong Lu ficava no coração do que era a cidade colonial, com importantes prédios que abrigavam escritórios, restaurantes, bancos e hotéis. A maior parte desses prédios continua de pé e a arquitetura é tão européia que até parece se tratar do ocidente se não olharmos para Pudong, na face oposta do rio. Uma caminhada pela calçada à beira do rio, pela Bund, é ótima para se ver os barcos passando e observar a cidade respirando. Crianças brincam, adultos fazem tai chi chuan, letreiros brilham, ideogramas anunciam o que nem conseguimos imaginar e carros buzinam desesperadamente em meio à bicicletas e ônibus.


A principal rua de comércio de Shanghai, Nanjing Lu, parte perpendicularmente do Bund e ruma para oeste, dividida em duas partes: Nanjing Dong Lu e Nanjing Xi Lu. Numa extensão de dez quilômetros, muitos anúncios coloridos em chinês concorrem lado-a-lado. Uma parte da rua é exclusiva para pedestres. Chineses abordam os turistas, insistentemente, dizendo: “Louis Vuitton, Chanel, Prada. Balato, balato! Only for you” e tentam direcionar quem passa, para suas lojinhas. 

É comum, segurarem a pessoa pelo braço, começarem a dar tapinhas, dizer que você é bonito e rir sem parar tentando chamar a atenção. Isso quando não aparecem outros conterrâneos de olhos puxados, munidos de máquina fotográfica tentando conseguir uma foto com os ocidentais que consideram quase “ETs”, especialmente loiros e ruivos. Chega a ser sufocante. Às vezes dá vontade de sair correndo. 

Não satisfeitos em conseguirem levar o freguês até seu ponto de vendas, começam uma longa negociação. Sim, porque se não houver pechincha, os chineses não ficam satisfeitos. É um teatro. Eles dão o preço na calculadora, você propõe outro, também na calculadora. Eles fazem cara de que estão aborrecidos. Você, então, vai embora. Eles saem correndo e trazem o comprador de volta, dizem que não terão lucro com aquele valor e por aí vai até que o produto seja comprado por menos da metade do valor inicial. No começo é muito engraçado, mas depois cansa. É absolutamente surreal! 


Vale lembrar que nessas lojas tem de tudo, desde produtos de péssima qualidade até peças originais que foram parar lá, sabe-se como... É preciso muito cuidado para não levar gato por lebre. Mas, também há lojas grandes de departamento onde isso não acontece, como o Plaza 66. O preço está na etiqueta e não tem negociação, pois os artigos são originais. 

A rua Nanjing vai dar no Parque Renmim, onde ficam o Shanghai Museum, o Grand Theatre e o Shanghai Urban Planning Exhibition Hall. 



Do outro lado do rio, na sua margem leste, situa-se o mais novo bairro da cidade – Pudong – com uma área imensa de negócios distribuídos por alguns dos prédios mais altos do mundo. A transformação sofrida por essa área foi enorme em pouquíssimo tempo. A Torre de TV Pérola Oriental possibilita uma vista maravilhosa do alto de seus 457 metros. 

Para se conseguir uma boa vista do bairro de Pudong, uma dica é ir ao Restaurante “M on The Bund”, do outro lado do rio, sentar na varanda e pedir um prato da tradicional cozinha européia. O restaurante é bom, considerado um dos melhores da cidade. Mas, ainda assim, se o prato escolhido não for lá essas coisas, pelo menos o visual é imbatível.



Para ir diretamente do futuro ao passado, nada melhor do que sair de Pudong diretamente ao Yu Garden, na Cidade Velha. Construções tipicamente chinesas, que incluem pagodes, templos, pontes, ruelas e jardins do século XVI deixam qualquer um embevecido. O jardim foi construído pelo oficial Pan Yunduan para seu pai e já foi todo restaurado. É absolutamente imperdível. Um almoço por ali precisa incluir os tradicionais bolinhos “Dim Sum”, típicos de Shanghai. Com recheios diversos: de carne, porco, frango, camarão e legumes são feitos na hora. Uma delícia!



Mais tarde, não pode faltar uma pausa para o chá na Casa de Chá Huxingting. Os chineses consomem muito chá. Há experts no assunto que analisam as safras e as melhores regiões produtoras. Os chás de jasmim em flor fazem parte de uma cerimônia inesquecível. Enchem os olhos com sua beleza e deixam saudade do seu paladar. 



A entrada no oriente desvenda um mundo de cultura milenar para os ocidentais. Confúcio já tinha pregado seus princípios há muito tempo quando Sócrates ainda era uma criança. Há muito que ver e aprender na China. É uma experiência especial. Vale cada minuto!

Fonte: Viajar pelo Mundo