Cerimônia na Universidade de Hubei |
Sou jornalista, engenheiro eletrônico pela Escola Politécnica da USP (POLI), com Mestrado em TI e MBA pela FGV, onde sou professor. Sou sócio-diretor da BREXPERTS, empresa de consultoria multidisciplinar e da ALLTOMATIC, empresa de soluções em energia e automação.
Como tenho muito interesse por aprender idiomas e já tendo concluído os cursos de inglês, francês e alemão, era chegada a hora do mandarim. E foi assim que, como parte do meu curso no Instituto Confúcio na UNESP, em 2011 passei um mês na China para realizar o Curso de Verão, onde, além do idioma, tivemos noções de etiqueta e cultura, geografia, caligrafia, pintura, arte do corte em papel (paper cutting), artes marciais, culinária, introdução à medicina chinesa e outras disciplinas, mescladas com viagens culturais e visitas a lugares históricos. E, em 2012, viajei novamente ao país para visitar feiras tecnológicas em Cantão e Hong Kong.
No primeiro momento, o que mais me espantou na China foram o moderno e espaçoso aeroporto de Pequim e o caótico trânsito local (que vi repetido em outras cidades grandes). Outra novidade para mim – pelo menos onde estive, que eram cidades de porte maior – foi que há shopping centers que competem tranquilamente com os do mundo capitalista e que a moda chinesa não tem nada dos trajes cinzas padronizados e sem graça da era maoísta. Moda? Bom, o curioso era ver as chinesas usando óculos de aro de tartaruga bem vistosos... sem as lentes. Charme...
Se por um lado inicialmente fiquei espantado com a modernização da China, com obras para todos lados e uma cara de país ocidental, por outro me perguntava por que era tão difícil ver o cartão de crédito ser aceito (Hong Kong talvez tenha sido a exceção).
Já entender por que as crianças pequenas usam roupas com fenda na parte traseira foi fácil: isto lhes permite fazer suas necessidades sem burocracia... Ah, claro, os banheiros ainda são na maioria do tipo “squat” (de se agachar, sem sanitário), mas isto vai mudando, a começar pelos aeroportos e grandes centros de compra.
Apesar dos alertas quanto a se tomar cuidado com cédulas falsas e do que se fala sobre os chineses não respeitarem filas ou andarem na rua se esbarrando, sempre fomos muito bem tratados. Mesmo quando em algumas cidades (até nas grandes como Wuhan, onde foi realizado nosso curso) fôssemos encarados como ET’s, a impressão era sempre que os ET’s eram benvindos... Tanto que, nos locais turísticos, alguns chineses faziam questão de que fizéssemos parte da fotografia deles.
Por Roberto Blatt, jornalista, engenheiro e professor da FGV.
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