sábado, 28 de setembro de 2013

Minha China !


Sou estudante de Relações Internacionais e decidi viajar para China assim que vi uma oportunidade dentro de minha faculdade no ano de 2011. Na verdade, meu interesse pela China começou quando resolvi prestar vestibular para o curso de RI e a partir desta ideia, tive vontade de conhecer outra língua que não fosse o inglês, nem o espanhol, e como na época, a China estava em ascensão por ser o país oficial das Olimpíadas de 2008, não restou dúvida em escolhê-la.

Comecei a ter um interesse muito grande em aprender a língua, a cultura, as músicas, a comida, o kung fu e tudo o que este país mostrava me fazia mais e mais atraída pela ideia de viajar à China. Assim que consegui a chance de realizar este sonho, não acreditava que realmente estaria pisando do outro lado do mundo em poucos dias e apesar da distancia e das diferenças, as imagens e vídeos que buscava na internet só aumentavam a minha ansiedade para chegar logo o dia da viagem.

Fui à China com a proposta de realizar um curso de verão em que aprenderia sobre a cultura, a língua, a convivência, os negócios,etc e me considero uma pessoa afortunada de poder ter feito esta viagem com amigos da faculdade, o que já me deixava mais aliviada por não encarar toda esta aventura sozinha.O que me deixou realmente intrigada foi ver que apesar de estudar mandarim por anos, eu ainda não tinha a prática e muitas vezes não conseguia entender o que me perguntavam e isso me fez repensar o quanto seria difícil continuar com esse aprendizado, mas que no final valeria muito a pena.

Acho que muitos aspectos culturais me chamaram a atenção. O fato dos chineses praticarem, quase sempre, em qualquer parque ou espaço livre a arte do Tai Chi Chuan, das crianças possuírem um vestuário “diferente” para ser mais prático ir ao banheiro, dos próprios banheiros, da comida apimentada, da grande quantidade de táxis, motos e carros que caoticamente se entendem no trânsito de qualquer cidade (seja ela do interior ou capital), da admiração pelos traços exóticos de cada brasileiro, da grande quantidade de redes de fast-food pelas cidades, da moda que, quando lançada, era repetidamente vista em muitos dos habitantes, da infra-estrutura espetacular aos estrangeiros na cidade de Xi’na, da vista mais sensacional que se pode ter ao longo do rio Yangtze e muitas outras que são facilmente notáveis naquele país de mais de 1,3 bilhão de habitantes.

Das minhas observações o que eu mais estranhei foi como os lugares ainda não possuem um sistema de limpeza muito efetivo (muitas vezes dava pra saber que o local não era limpo adequadamente), como as mulheres ainda se sentem submissas a muitas tradições da sociedade, a inexistência de gelo para bebidas, pois, grande parte dos chineses bebem “à temperatura ambiente” e estávamos com a temperatura de mais de 40graus, a necessidade que muitos comerciantes tem em negociar e barganhar e a falta de pessoas que falassem o idioma inglês, em lugares e situações que dificultavam e muito a comunicação.


Essa foi uma das experiências que repetiria, se possível, e ficaria mais do que um mês para conhecer e descobrir outros lados deste país, rico em cultura e fantástico em outros aspectos.


Por Nina França, estudante de Relações Internacionais da UNESP/Marília 

domingo, 22 de setembro de 2013

China Summer Course !

Cerimônia na Universidade de Hubei 

Sou jornalista, engenheiro eletrônico pela Escola Politécnica da USP (POLI), com Mestrado em TI e MBA pela FGV, onde sou professor. Sou sócio-diretor da BREXPERTS, empresa de consultoria multidisciplinar e da ALLTOMATIC, empresa de soluções em energia e automação.
Como tenho muito interesse por aprender idiomas e já tendo concluído os cursos de inglês, francês e alemão, era chegada a hora do mandarim. E foi assim que, como parte do meu curso no Instituto Confúcio na UNESP, em 2011 passei um mês na China para realizar o Curso de Verão, onde, além do idioma, tivemos noções de etiqueta e cultura, geografia, caligrafia, pintura, arte do corte em papel (paper cutting), artes marciais, culinária, introdução à medicina chinesa e outras disciplinas, mescladas com viagens culturais e visitas a lugares históricos. E, em 2012, viajei novamente ao país para visitar feiras tecnológicas em Cantão e Hong Kong.
No primeiro momento, o que mais me espantou na China foram o moderno e espaçoso aeroporto de Pequim e o caótico trânsito local (que vi repetido em outras cidades grandes). Outra novidade para mim – pelo menos onde estive, que eram cidades de porte maior – foi que há shopping centers que competem tranquilamente com os do mundo capitalista e que a moda chinesa não tem nada dos trajes cinzas padronizados e sem graça da era maoísta. Moda? Bom, o curioso era ver as chinesas usando óculos de aro de tartaruga bem vistosos... sem as lentes. Charme...
Se por um lado inicialmente fiquei espantado com a modernização da China, com obras para todos lados e uma cara de país ocidental, por outro me perguntava por que era tão difícil ver o cartão de crédito ser aceito (Hong Kong talvez tenha sido a exceção).
Já entender por que as crianças pequenas usam roupas com fenda na parte traseira foi fácil: isto lhes permite fazer suas necessidades sem burocracia... Ah, claro, os banheiros ainda são na maioria do tipo “squat” (de se agachar, sem sanitário), mas isto vai mudando, a começar pelos aeroportos e grandes centros de compra.
Apesar dos alertas quanto a se tomar cuidado com cédulas falsas e do que se fala sobre os chineses não respeitarem filas ou andarem na rua se esbarrando, sempre fomos muito bem tratados. Mesmo quando em algumas cidades (até nas grandes como Wuhan, onde foi realizado nosso curso) fôssemos encarados como ET’s, a impressão era sempre que os ET’s eram benvindos... Tanto que, nos locais turísticos, alguns chineses faziam questão de que fizéssemos parte da fotografia deles.
Por Roberto Blatt, jornalista, engenheiro e professor  da FGV.  

domingo, 15 de setembro de 2013

China Experience !

Fotos acervo pessoal de Carolina Rodrigues

Acredito que começar dizendo alguns dos motivos que me encorajaram a viajar para a China é uma boa forma de introduzir o relato da minha experiência naquele país. Primeiramente, sou e sempre fui uma pessoa que gosta muito de viajar, alguém que não sente ter criado raízes ou laços fortes o bastante para segurar ou amarrar e que então, vive de cá pra lá  se apaixonando cada vez mais pelas culturas com que se depara. Desde que comecei o curso de Relações Internacionais, senti uma ligação forte com a cultura chinesa então procurei atividades na universidade que me aproximassem mais do curioso país asiático que crescia rapidamente. Foi assim que procurei o grupo de estudos BRICS (no qual estudava a relação da China com os outros países do bloco: Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), fiz iniciação científica sobre economia chinesa e, por fim, procurei um curso de mandarim para estreitar ainda mais meus laços com as peculiaridades da cultura chinesa.

E foi aí que surgiu a oportunidade de viajar para a China, o curso de mandarim na universidade era oferecido pelo Instituto Confúcio, o qual também oferecia bolsas para cursos de verão e intercâmbios de longa duração na China para estudantes brasileiros, o instituto foi idealizado pelo Ministério de Educação chinês e foi trazido para o Brasil para aproximar a potência asiática da potência sul-americana.
Dediquei então meu primeiro semestre de 2011 ao desafio de conseguir embarcar nessa aventura: aulas de mandarim, formulários, passagens, visto e por fim, o dia da viagem. Desembarcar na China foi uma experiência incrível e inenarrável. A China é diferente do Brasil, é diferente de qualquer país ocidental e tenho lido o suficiente para dizer que é diferente de absolutamente tudo neste planeta. Estar ali realizando um curso de verão de mandarim e cultura chinesa era algo que me fazia não acreditar muito no que estava acontecendo.

A experiência proposta pelo curso (aulas e passeios) era incrível, tínhamos aulas de mandarim pela manhã e cultura chinesa durante a tarde, onde aprendíamos sobre culinária, cultura de negócios, geografia, história e música. E realizamos três viagens: cruzeiro para as três gargantas, Xi’an e Pequim. O mais desafiador pra mim não foi o mandarim, já que nossos monitores falavam muito bem o inglês, mas sim a comida que sempre foi o meu ponto fraco, já que não gosto de temperos fortes, comida crua, e de quase nada que eles nos ofereciam de maneira tão educada e cordial, às vezes para não ser desagradável engolia a comida sorrindo em frente aos nossos monitores e coordenadores de curso. E o mais interessante foi perceber a curiosidade que nosso grupo despertava nos chineses; eles pediam pra tirar fotos, tiravam fotos de nós quando não estávamos olhando, faziam vídeos, paravam na rua pra ficar olhando, enfim, por onde passávamos era uma loucura só.

Outro aspecto interessante dessa viagem foi o fato de poder acompanhar de perto das transformações pelas quais a China estava passando; como os milhares de guindastes, prédios modernos em construção, rodovias, portos e aeroportos bem como os desafios enfrentados pelos chineses para dar conta da enorme população e da pobreza que ainda permanece marcante em muitos pontos das cidades. Estar ali e ter uma dimensão tão real do crescimento econômico chinês foi sem dúvida um dos pontos mais enriquecedores dessa experiência.


Ao final do curso, estava tão envolvida na rotina chinesa que parecia ter vivido um ano em um mês, de tanto aprendizado, informação para guardar e analisar, de tanta coisa que meus olhos tinham visto. Essa foi uma experiência que certamente marcou minha vida pra sempre, e trouxe ganhos para todos os aspectos, tanto pessoal, acadêmico e profissional. Ainda quero voltar e viver um pouco mais do que é a China, porque em um mês pude só ter um aperitivo de tudo o que o gigante asiático tem pra mostrar para o resto do mundo.


Por Carolina Falcão Rodrigues
Discente  ano de Relações Internacionais da UNESP/Marília

domingo, 8 de setembro de 2013

China, here we go!



Olá caros leitores e leitoras,

Nós da China Link Trading estamos começando hoje um novo blog. Diferentemente do Blog de Importação divulgado no site da China Link, este contará com um conteúdo diferente, intrigante, personalizado e descontraído.

Muitas das minhas postagens serão sobre a visão de uma brasileira, estudante e jovem, sobre a sua primeira visita à China. Ficarei durante quase um ano estudando a cultura, a história e o mandarim na Universidade de Hubei, cidade de Wuhan, e espero entreter e fazer surgir certas reflexões a partir dos meus relatos.

Mas o blog não contará somente com postagens minhas, outras pessoas que já foram à China ou que estudam sobre a mesma deixaram aqui relatos e artigos que acrescentem e, principalmente, que desmitifiquem o Grande Asiático.

Com um conteúdo mais didático contaremos também com textos elaborados por professores e alunos de diversas universidades e áreas de atuação que estudam sobre a China e os demais países asiáticos em ascendência.

Este é um pequenino texto inicial para deixar vocês por dentro das novidades, em breve teremos mais conteúdos interessantes e esperamos que vocês interajam com perguntas, dúvidas e sugestões!

Falo com vocês agora só quando estiver na terra dos chineses. ! (Zàijiàn - tchau).

Taiame-souza
Por Taiame Souza – Direto de São José dos Campos/Brasil
www.chinalinktrading.com
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