domingo, 21 de setembro de 2014

No outro lado do mundo !



Minha primeira ligação com a China foi em 2011 quando comecei a estudar Mandarim pelo Instituto Confúcio na Unesp, no campus de Marília. Desde a infância tive interesse na cultura oriental, mais a cultura japonesa, e iniciei o curso de Mandarim pensando ser parecido com o Japonês e que as duas culturas eram bem semelhantes, mas me enganei. Fiquei encantada com a riqueza da cultura chinesa e do idioma.



Em junho de 2012 tive a oportunidade de ir para a China em um Curso de Verão, organizado pelo Instituto Confúcio na Unesp, com mais 21 colegas do curso de Mandarim. Ficamos 25 dias na China, na Universidade de Hubei, em Wuhan, e em Beijing. Tínhamos aulas de idioma, de história, cultura, dança, música, culinária e fazíamos passeios culturais e para compras.



Uma das coisas mais impressionantes que percebi ao chegar em Wuhan foi a grande quantidade de construções de edifícios destinados a habitação, isso só no trecho Aeroporto-Universidade. Prédios enormes (altura e largura) sendo construídos, ou na fase final de acabamento com números de telefone para a venda, e quanto mais nº 8 no telefone, melhor! (Nº 8 na China é um número de sorte). Os prédios da Universidade de Hubei também eram imensos e muito bonitos, se comparados aos prédios da maioria das universidades públicas brasileiras.


A sensação térmica estava sempre em 40º ou mais, já que estávamos no verão, mas a maioria dos lugares fechados tinha ar-condicionado que melhorava um pouco a situação. Os chineses foram muito receptivos com o nosso grupo, destoando totalmente do que eu esperava e que alguns colegas haviam contado. Sempre dispostos a ajudar e com um sorriso ao ver que você era estrangeiro (o que é bem fácil...). Se você demonstrava interesse pela cultura, ou algum conhecimento do idioma, os sorrisos se abriam ainda mais!


Muitos colegas tiveram problemas com a comida, para se adaptarem aos sabores, temperos e modo de preparo (em geral utilizam bastante óleo de gergelim/amendoim). Eu, ao contrário, me adaptei muito rápido, e engordei 5kg durante os 25 dias, já que comia sem parar e achava tudo uma delícia.


Nossos passeios eram quase todos programados e íamos com o ônibus do curso, mas de vez em quando tínhamos tempo pra sair sem o grupo todo e nos aventurávamos pegando taxi por Wuhan ou Beijing (poucos taxistas falavam inglês). Os lugares que mais gostei de visitar foram o zoológico, a Yellow Crane Tower (Huang He Lou), o Festival do Barco do Dragão, e o Museu de Hubei, em Wuhan; a hidrelétrica Três Gargantas, o Rio Yangtse, e a Floresta de Pedra, na província de Hubei; a Muralha, a Cidade Proibida, o Palácio de Verão e o Templo do Céu, em Beijing.



Fiquei encantada pela China e não poderia existir experiência melhor! Desde 2012 quero voltar para lá conhecer mais lugares, pessoas, e estudar mais o idioma e a cultura chinesa. 



Para quem tem interesse de ir, a passeio, trabalho, ou estudos, o essencial é se despir de todos os pré-conceitos e estereótipos, porque vivenciar a China é diferente de tudo que se possa imaginar. No meu caso, foi muito melhor de tudo que eu imaginei quando pensei: “Vou para a China”. Espero que todas experiências possam ser parecidas com a que tive nesse país.


Relato concedido por Ingrid Torquato, graduanda de Relações Internacionais na UNESP.

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