Minha primeira ligação
com a China foi em 2011 quando comecei a estudar Mandarim pelo Instituto
Confúcio na Unesp, no campus de Marília. Desde a infância tive interesse na
cultura oriental, mais a cultura japonesa, e iniciei o curso de Mandarim
pensando ser parecido com o Japonês e que as duas culturas eram bem
semelhantes, mas me enganei. Fiquei encantada com a riqueza da cultura chinesa
e do idioma.
Em junho de 2012 tive a
oportunidade de ir para a China em um Curso de Verão, organizado pelo Instituto
Confúcio na Unesp, com mais 21 colegas do curso de Mandarim. Ficamos 25 dias na
China, na Universidade de Hubei, em Wuhan, e em Beijing. Tínhamos aulas de
idioma, de história, cultura, dança, música, culinária e fazíamos passeios
culturais e para compras.
Uma das coisas mais
impressionantes que percebi ao chegar em Wuhan foi a grande quantidade de
construções de edifícios destinados a habitação, isso só no trecho
Aeroporto-Universidade. Prédios enormes (altura e largura) sendo construídos,
ou na fase final de acabamento com números de telefone para a venda, e quanto
mais nº 8 no telefone, melhor! (Nº 8 na China é um número de sorte). Os prédios
da Universidade de Hubei também eram imensos e muito bonitos, se comparados aos
prédios da maioria das universidades públicas brasileiras.
A sensação térmica
estava sempre em 40º ou mais, já que estávamos no verão, mas a maioria dos
lugares fechados tinha ar-condicionado que melhorava um pouco a situação. Os
chineses foram muito receptivos com o nosso grupo, destoando totalmente do que
eu esperava e que alguns colegas haviam contado. Sempre dispostos a ajudar e
com um sorriso ao ver que você era estrangeiro (o que é bem fácil...). Se você
demonstrava interesse pela cultura, ou algum conhecimento do idioma, os
sorrisos se abriam ainda mais!
Muitos colegas tiveram
problemas com a comida, para se adaptarem aos sabores, temperos e modo de
preparo (em geral utilizam bastante óleo de gergelim/amendoim). Eu, ao
contrário, me adaptei muito rápido, e engordei 5kg durante os 25 dias, já que
comia sem parar e achava tudo uma delícia.
Nossos passeios eram
quase todos programados e íamos com o ônibus do curso, mas de vez em quando
tínhamos tempo pra sair sem o grupo todo e nos aventurávamos pegando taxi por
Wuhan ou Beijing (poucos taxistas falavam inglês). Os lugares que mais gostei
de visitar foram o zoológico, a Yellow Crane Tower (Huang He Lou), o Festival
do Barco do Dragão, e o Museu de Hubei, em Wuhan; a hidrelétrica Três
Gargantas, o Rio Yangtse, e a Floresta de Pedra, na província de Hubei; a
Muralha, a Cidade Proibida, o Palácio de Verão e o Templo do Céu, em Beijing.
Fiquei encantada pela
China e não poderia existir experiência melhor! Desde 2012 quero voltar para lá
conhecer mais lugares, pessoas, e estudar mais o idioma e a cultura chinesa.
Para quem tem interesse de ir, a passeio, trabalho, ou estudos, o essencial é
se despir de todos os pré-conceitos e estereótipos, porque vivenciar a China é
diferente de tudo que se possa imaginar. No meu caso, foi muito melhor de tudo
que eu imaginei quando pensei: “Vou para a China”. Espero que todas
experiências possam ser parecidas com a que tive nesse país.
Relato concedido por Ingrid Torquato, graduanda de Relações Internacionais na UNESP.
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