Venho aqui para dividir com vocês uma experiência de vida, que em muito me agregou como pessoa e como internacionalista por formação. Me chamo Talita Queiroz e aos 20 anos de idade consegui uma bolsa para estudar por um mês na China, o conhecido programa que os estudantes fazem em suas férias de julho, Summer Course. Lá gosto de dizer que fiz uma Imersão Cultural, onde mesmo estando com brasileiros pude viver a cultura chinesa, principalmente a cultura que eles consideram sendo do interior. Vivi por um mês na cidade de Wuhan, por volta de 9 milhões de habitantes na época, e tida como interior.
Aqui
neste post gostaria de falar sobre cultura e suas diferenças. Muitos podem
falar sobre comida, trabalho, clima, um costume específico, mas aqui irei
escrever sobre aparência, que foi o que mais nos impressionou quando chegamos
lá. Fomos o primeiro grupo de brasileiros e estudantes da UNESP a irem para china
através de um convênio bilateral entre a Unesp e a Hubei University. Através
desse convênio, por volta de 12 alunos unespianos puderam ter o prazer de
conhecer a milenar cultura chinesa e de mudar suas vidas por 30 dias.
Sei que este
post vai parecer um pouco ‘jogado’, ou fora do contexto dos outros, mas
gostaria de escrever um pouco sobre as curiosidades da China, o modo de vida da
população (ou pelo menos do povo de Beijing e Wuhan). A primeira pergunta que
todos me fazem é “O povo aí é tudo igual?”, praticamente posso dizer que sim!
Digo isso olhando como uma ocidental, porque na China as pessoas veem os
ocidentais como todos iguais também.
Os homens lá
no verão tem o costume de andar com as camisetas levantadas até o tórax,
aparecendo toda a barriga, as mulheres usam saias e shorts curtos, porém blusas
que cobrem os ombros e o busto, quando as blusas são de alcinhas colocam
‘bolerinhos’ por cima. Outra coisa que tem costume de usar são meias finas,
transparentes, sejam aquelas que cobrem a perna toda ou só o pé. Esses
costumes nos causaram estranhamento, porque realmente é comum andarem de blusa
levantada e as mulheres de meia fina (mesmo sendo verão).
Ainda falando
de pessoas, vamos falar de hospitalidade! O pessoal que nos recepcionou na
Universidade de Hubei é maravilhoso, são as pessoas mais atenciosas que já
conheci (digo isso verdadeiramente). Mas o pessoal da rua não costuma ser muito
receptivo com estrangeiros. Algo que nos causou muito estranhamento é que as
pessoas paravam para tirar fotos de nós, brasileiros, na rua. Os jovens que
sabiam falar inglês pediam para fazermos pose e eles tiravam fotos. No começo
foi difícil acostumar, mas depois foi até divertido conhecer as pessoas, fazer
amizades, tirar fotos. Algo bem diferente da nossa realidade.
Para finalizar,
gostaria de dizer que foi uma experiência incrível. O simples fato das pessoas
se vestirem diferente e de nos verem como diferente foi algo que me despertou o
sentimento de compreensão do próximo. Aqui no ocidente achamos os orientais diferentes,
mas uma vez estando lá, os orientais também tem a percepção que somos um tanto
quanto estranhos e com costumes diferentes, e posso afirmar que devemos começar
a ter mais costumes orientais, como por exemplo, cuidar da mente e do corpo, e
buscarmos o equilíbrio! E digo, vale muito a pena conhecer a China, e alguns
costumes eu carrego comigo ate hoje como, por exemplo, tomar chá verde pela
manhã ou após o almoço!
Por Talita Queiroz, analista comercial.
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