domingo, 27 de outubro de 2013

Guia Turístico: Macau




Macau (ou 澳门)  é uma zona administrativa especial da China, que foi administrada por Portugal até 1999 e na qual o português é uma das línguas oficiais. O país fica localizado na frente do Rio das Pérolas e é também a capital mundial do jogo. 

Macau nasce do nome de uma deusa chinesa, muito venerada pelos marinheiros e pescadores, chamada A-Ma ou Ling Ma. Segundo reza a lenda, um barco de pescadores que navegava pelos mares do Sul da China, num calmo dia de céu aberto, foi repentinamente surpreendido por um forte temporal. Com a embarcação à deriva, a esperança dos tripulantes estava quase perdida quando uma bonita jovem, que havia embarcado no último minuto, se levantou e ordenou à tempestade que se acalmasse. Miraculosamente, os ventos pararam de soprar e o mar tranquilizou-se. Todas as embarcações naufragaram, à exceção daquele barco de pescadores que chegaria são e salvo ao porto chinês de Hoi Keang. Depois de pisar terra, a jovem mulher dirigiu-se à Colina da Barra e ascenderia aos céus num halo de luz e perfume, para pasmo de todos os que a observavam. Séculos mais tarde, quando os descobridores portugueses ali chegaram e perguntaram o nome do lugar, os chineses responderam: A-Ma-Gao, a Baía de A-Ma. Palavras que depressa derivaram em Macau.

 O que ver  ?   
Fortaleza do Monte - Foi construído por causa dos ataques da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais a Macau, a construção foi iniciada em 1603 e foi concluída em 1606, esta na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO e abriga o Museu de Mecau.

 Forte de Mong Há - Sua estrutura principal foi erguida em 1849 e tinha a intenção de defender o setor norte de Macau, toda a construção foi concluída em 1866 e foi usado como quartel das tropas portuguesas de origem africanas.

 Fortaleza da Guia - Essa fortaleza fica localizada na Colina da Guia e foi concluída em 1622 e esta na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO junto com a Capela de Nossa Senhora da Guia e o Farol da Guia. Essa fortaleza foi construída por causa dos ataques da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais.

 Templo de Kun Iam Tong - O templo foi construído no século XIII e é um dos mais famosos e maiores templos budistas de Macau.

 Lin Kai Miu - É um templo do século XVII com fachada com telhados em granito nas paredes e no pórtico e grandes estátuas de leões chineses no telhado.

 Museu de Macau - A exposição permanente de Macau tem três temas principais: a origem e história da cidade desde o Neolítico até ao século XVIII; as artes populares e tradições de Macau; e Macau contemporâneo, onde se mostra os aspectos do desenvolvimento urbano da cidade.

 Museu do Grande Prémio de Macau - Contribuindo para o conhecimento de todos sobre o que tem sido o Grande Prémio de Macau durante a sua já longa vida, foi criado o seu museu. A valiosa colecção das máquinas que correram e venceram no circuito da Guia e um simulador, onde até os menos dotados na condução podem experimentar a adrenalina das curvas e contracurvas da corrida, merecem a sua atenção.

 Ruínas de São Paulo - A fachada de pedra foi tudo o que restou do incêndio de 1835 na Igreja de S. Paulo. Um verdadeiro testemunho da dos primeiros passos da Igreja Cristã no Oriente.

 Templo de A-Ma - O nome de ocidental de Macau, segundo consta, deve o seu nome a este templo, pelo erro de interpretação, em que A-Ma-Gau ou a Baía de A-Ma seria o nome pelos locais aquando questionados do nome da terra onde desembarcaram os navegadores portugueses. Este templo é dedicado à deusa dos navegantes A-má.
  
Trabalho
Os não residentes que pretendem ter um emprego em Macau, seja os Portugueses ou Chineses, precisam de uma autorização de trabalho valida. O processo para conseguir a carta azul(também chamada de Autorização de trabalhador não-residente) leva aproximadamente um mês a dois meses, mas para conseguir a autorização para trabalhar leva cerca de um mês(assim que receber a autorização de trabalho você já pode começar trabalhar)

Compra
A moeda de Macau é a pataca, dividida em 100 avos, cuja designação abreviada é MOP. Os dólares de Hong Kong são aceites na maioria dos estabelecimentos, na razão de 1:1. O yuan chinês, vulgo reminbi, também é comumente aceite.             

Gastronomia da Cidade
Em Macau é possível encontrar uma grande variedade culinária, reflexo da sua função como entreposto comercial português por mais de quatro séculos. Existe muita variedade de comida cantonesa e de outras partes da China, comida portuguesa é fácil de encontrar, e culinária macaense (fusão luso-chinesa com influências culinárias de outras colónias portuguesas em África, Índia, Brasil e Malásia) pode ser encontrada em restaurantes específicos. Existe também uma grande variedade de restaurantes asiáticos como japoneses, tailandeses e coreanos. 



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Por Nina França – Direto de Marília, Brasil

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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Minha história com a China !


Bárbara em Zhangjiajie, as montanhas que inspiraram as montanhas voadoras do filme Avatar

Minha história com a China começa quando eu consegui uma bolsa para fazer aulas de mandarim no Instituto Confúcio em São Paulo. Eu tinha 16 anos e ainda não fazia ideia da carreira que queria seguir, e nem o motivo de estudar chinês (confesso que minha mãe teve que insistir bastante pra eu aproveitar essa oportunidade). E foi na primeira aula, mesmo com aquele susto com as diversas entonações que existe na linguagem chinesa, que eu comecei a me interessar de verdade.

Quatro anos depois desse meu primeiro contato com a língua, eu tive a oportunidade e, outro fator muito importante, a coragem, de tentar uma bolsa de estudos para estudar chinês por 5 meses na China e em fevereiro de 2013 eu fui. Foi a primeira vez que eu sai do país e eu fui direto para Wuhan, a cidade onde fica a universidade de Hubei. O primeiro choque foi chegar sozinha numa cidade na qual as pessoas não falam inglês, e mesmo depois de anos de estudo, meu conhecimento de chinês ainda era pobre. Com muita dificuldade e com a ajuda  dos cartõezinhos que eu tinha com o nome da universidade e o endereço escrito em caracteres eu consegui chegar na universidade e conheci as pessoas com quem eu passaria os próximos meses.

Eu morei num hotel dentro da faculdade, onde só tinha quarto e banheiro, e dividia o quarto com outro intercambista. Pra nós brasileiros isso pode parecer pouco, mas os intercambistas tinham vida de rei comparado aos estudantes chineses. Eles moravam em moradias estudantis, dividindo o quarto entre 6 pessoas, tinham banheiro coletivo por andar, o qual tinha uns 20 quartos, e sem água quente. Eles não tinham cozinha e depois das 23h30 os portões da moradia fechavam, ninguém entrava e ninguém saia. Mas eles nunca reclamavam, gostavam bastante da vida universitária deles, que se resumia em praticar algum esporte, (as muitas quadras e mesas de tênis de mesa e badminton que tinham no campus estavam sempre lotadas)  e estudar, em qualquer lugar que fosse, na biblioteca super bem estruturada de 10 andares ou em qualquer graminha aconchegante debaixo de uma árvore.

Sobre os chineses, embora muitos passem uma impressão ruim de má educação, eu guardei um grande apreço por eles. É realmente muito difícil de acostumar com as ‘‘catarradas’’nada discretas, com os empurrões e as pessoas passando na sua frente na fila, mas eu e meus amigos costumávamos almoçar ou jantar dentro da faculdade, no mesmo lugar que os estudantes chineses. Os donos das barracas eram sempre muito simpáticos e ficavam muito felizes quando decidíamos por comprar nosso almoço com eles. E depois de um tempo, acabamos nos tornando um pouco chineses, era mais fácil ser um pouco como eles e furar fila também, do que nunca ser atendido!

Duas coisas que as pessoas sempre me perguntam são se eu já falo fluentemente e se eu comi cachorro. Para as duas perguntas eu respondo que não. Não falo fluentemente, pois, infelizmente, o vasto vocabulário a ser aprendido e as regras gramaticais, que na maioria das vezes não faz sentido nenhum para nós, tornam o aprendizado da língua muito difícil. A língua chinesa, inclusive os caracteres, tem muita relação com a cultura milenar, e por isso não basta somente aulas de linguagem, mas também aulas sobre a cultura. E eu também não comi cachorro, não é tão comum como as pessoas pensam. Em Beijing, num lugar muito específico que chama Wanfujing, tem uma feira na qual vende escorpião, cavalo marinho, bicho da seda, aranha, cobra, gafanhoto, rã e talvez mais algumas especiarias para comer, mas são lugares muito específicos, e não em qualquer esquina.


É muito difícil resumir uma experiência assim num país tão diferente. São muitas viagens de aperto nos trens lentos chineses, viagens confortáveis nos trens-bala, muitas tentativas de ser entendida por meio da mímica, muitas alegrias ao ser entendido utilizando a fala, orgulho a cada caractere novo reconhecido na rua, caras e bocas a cada comida nova experimentada, e um sentimento de querer voltar pra experimentar tudo de novo e um pouco mais da imensidão que é a cultura e o território chinês.

Por Bárbara Laplaca, graduanda de Relações Internacionais - UNESP Marília.

domingo, 13 de outubro de 2013

Do Japão à China !


Eduardo com sua namorada Bárbara Laplaca em Beijing. 

Em minha jornada ao Japão, em busca de novas experiências, também tive oportunidade de visitara China. Para ser sincero, meu interesse sobre a China se restringia à culinária e ao kung fu, mas minha visão sobre esse país tão diferente e com uma cultura milenar mudou completamente uma vez que pude conhece-lo de perto e ver as nuanças da cultura, dos hábitos e de como vivem os chineses.
Mesmo sendo descendente de imigrantes japoneses e ter crescido no ambiente de uma cultura oriental, senti uma diferença cultural enorme. As pessoas falavam alto, gesticulavam bastante e cuspiam o tempo todo no chão, o que me deixou bastante incomodado. Minha primeira impressão da China não foi nada boa.
Depois de uma semana na China, sem entender nada de mandarim, comecei a perceber que todos esses hábitos que me incomodavam já não me incomodavam e comecei a realmente curtir minha estadia no país.
Comecei a descobrir a gentileza e a curiosidade dos chineses em relação aos estrangeiros e como para eles pessoas sem os olhos puxados pareciam extraterrestres, o que não era o meu caso. Eles acreditavam que eu era chinês.
Creio que diferentemente dos relatos anteriores, eu não tive a oportunidade de fazer um Summer Course e ter o apoio da Universidade ou de guias turísticos. Minha guia era minha namorada que já estava na China a algum tempo, estudando mandarim em Hubei. Assim, tivemos que nos virar para chegar em qualquer lugar, e pudemos utilizar todos os meios de transportes públicos chineses, desde o Tuk Tuk até o Trem Bala, e posso dizer que apesar de parecer desorganizado o transporte publico funciona muito bem, pelo menos em Pequim.
São tantas coisas, tantos fatos, tantas curiosidades, que não caberia nem metade aqui, mas resumindo, meus 20 dias na China foram sensacionais. Pude vivenciar o dia a dia dos chineses e como é ser um chinês no meio de 1,3 bilhões de chineses, literalmente falando. As vezes ainda sonho que estou lá e recomendo a China para TODOS.

Por Eduardo Yudi, estudante de Relações Internacionais 

domingo, 6 de outubro de 2013

A China e suas curiosidades !


Venho aqui para dividir com vocês uma experiência de vida, que em muito me agregou como pessoa e como internacionalista por formação. Me chamo Talita Queiroz e aos 20 anos de idade consegui uma bolsa para estudar por um mês na China, o conhecido programa que os estudantes fazem em suas férias de julho, Summer Course. Lá gosto de dizer que fiz uma Imersão Cultural, onde mesmo estando com brasileiros pude viver a cultura chinesa, principalmente a cultura que eles consideram sendo do interior. Vivi por um mês na cidade de Wuhan, por volta de 9 milhões de habitantes na época, e tida como interior.

Aqui neste post gostaria de falar sobre cultura e suas diferenças. Muitos podem falar sobre comida, trabalho, clima, um costume específico, mas aqui irei escrever sobre aparência, que foi o que mais nos impressionou quando chegamos lá. Fomos o primeiro grupo de brasileiros e estudantes da UNESP a irem para china através de um convênio bilateral entre a Unesp e a Hubei University. Através desse convênio, por volta de 12 alunos unespianos puderam ter o prazer de conhecer a milenar cultura chinesa e de mudar suas vidas por 30 dias.

Sei que este post vai parecer um pouco ‘jogado’, ou fora do contexto dos outros, mas gostaria de escrever um pouco sobre as curiosidades da China, o modo de vida da população (ou pelo menos do povo de Beijing e Wuhan). A primeira pergunta que todos me fazem é “O povo aí é tudo igual?”, praticamente posso dizer que sim! Digo isso olhando como uma ocidental, porque na China as pessoas veem os ocidentais como todos iguais também.

Os homens lá no verão tem o costume de andar com as camisetas levantadas até o tórax, aparecendo toda a barriga, as mulheres usam saias e shorts curtos, porém blusas que cobrem os ombros e o busto, quando as blusas são de alcinhas colocam ‘bolerinhos’ por cima. Outra coisa que tem costume de usar são meias finas, transparentes, sejam aquelas que cobrem a perna toda ou só o pé. Esses costumes nos causaram estranhamento, porque realmente é comum andarem de blusa levantada e as mulheres de meia fina (mesmo sendo verão).

Ainda falando de pessoas, vamos falar de hospitalidade! O pessoal que nos recepcionou na Universidade de Hubei é maravilhoso, são as pessoas mais atenciosas que já conheci (digo isso verdadeiramente). Mas o pessoal da rua não costuma ser muito receptivo com estrangeiros. Algo que nos causou muito estranhamento é que as pessoas paravam para tirar fotos de nós, brasileiros, na rua. Os jovens que sabiam falar inglês pediam para fazermos pose e eles tiravam fotos. No começo foi difícil acostumar, mas depois foi até divertido conhecer as pessoas, fazer amizades, tirar fotos. Algo bem diferente da nossa realidade.


Para finalizar, gostaria de dizer que foi uma experiência incrível. O simples fato das pessoas se vestirem diferente e de nos verem como diferente foi algo que me despertou o sentimento de compreensão do próximo. Aqui no ocidente achamos os orientais diferentes, mas uma vez estando lá, os orientais também tem a percepção que somos um tanto quanto estranhos e com costumes diferentes, e posso afirmar que devemos começar a ter mais costumes orientais, como por exemplo, cuidar da mente e do corpo, e buscarmos o equilíbrio! E digo, vale muito a pena conhecer a China, e alguns costumes eu carrego comigo ate hoje como, por exemplo, tomar chá verde pela manhã ou após o almoço! 

Por Talita Queiroz, analista comercial.