sábado, 26 de julho de 2014

Um breve relato sobre minhas experiências na China !



Meu interesse pela China começou durante minha graduação em Ciências Sociais na Unesp campus de Marília, por meio do contato com estudos sobre o Oriente. Com uma pesquisa sobre a China já em andamento, resolvi que deveria também aprender idioma oficial da China, o Mandarim.


O Instituto Confúcio na Unesp me proporcionou a primeira ida à China como aluna bolsista para participar do “Curso de Verão” sobre Língua e Cultura chinesa, na Universidade de Hubei, em julho de 2012. No ano de 2013, estive entre os cinco estudantes selecionados entre todos os campus da Unesp para participar do Programa “Top China Santander” sobre gestão de recursos naturais  e sustentabilidade, na Universidade de Pequim. 


Ambas as experiências foram indescritíveis. Somaram-se ao todo quase dois meses de estudos na China, logo, não seria capaz de descrever este país milenar em todos os seus aspectos com base neste curto período de tempo em que estive lá.


O que aprendi logo de início na China foi que, ao visitarmos um país diferente, devemos estar com a mente aberta às novas experiências e às realidades muito diferentes da nossa. Provar as comidas típicas locais, conhecer a cultura e outros demais aspectos, sem pré-julgamentos e comparações com outros países, lhe garantirá uma vivência mais plena e aguçada do local.


Para meu prazer, conheci Wuhan, Pequim e Shanghai, e pude perceber no geral, quanto os chineses são receptivos, determinados e solícitos. Essa minha percepção se deu principalmente quando conheci vários estudantes das universidades em que estive presente. Fiquei admirada com a disposição destes em nos dar informações tão completas e nos socorrer muito prontamente quando precisamos. Também percebi que os conhecimentos tidos como “tradicionais” – como por exemplo, a cultura milenar chinesa e a medicina e farmacologia preventiva – são transmitidos de geração a geração e eles demonstram-se muito orgulhos por isso.


Por mais que a China esteja em um processo muito rápido de modernização de suas cidades – o que pude visualizar de imediato – os chineses dão muito valor à sua história e, por mais que esta seja muito antiga, ela não parece se dissipar. Acredito que a filosofia confucionista em grande medida contribuiu para um “código de conduta social” que valoriza os ritos antigos, o papel da família na sociedade e a harmonia entre os diferentes credos. Mas não somente isso, a civilização chinesa é bastante complexa e pode-se levar muito tempo para compreendê-la em sua essência.


Para quem for conhecer a China, ao se locomover nas grandes cidades, use e abuse dos metrôs que são muito eficientes. Cuidado com os táxis ilegais. Podem-se reconhecê-los quando não apresentarem aquela placa escrita “Táxi” encima do veículo.


Recomendo que esteja atento ao seu comportamento. Os chineses não dão beijos e abraços em desconhecidos. O velho aperto de mão é suficiente. Cuidado também com as perguntas consideradas por eles muito invasivas e com as tradicionais piadas. Os chineses se sentirão ofendidos, como eles dizem, “perderão a face” e isso não é nada legal. Os mesmo se aplica aos compromissos. Cumpra com o prometido e seja pontual. Eles são muito discretos e não irão demonstrar que estão chateados, por isso, o respeito aos costumes locais é fundamental.


Geralmente os pratos chineses são apimentados. É sempre bom perguntar se há pimenta antes de comer. Sugiro que provem o “Pato de Pequim” e o tradicional “jiaozi” de carne ou legumes. Uma delícia!


Ao visitar a China, recomendo que visitem as tradicionais arquiteturas chinesas, sejam elas os Palácios, os Templos, as edificações residenciais antigas ainda existentes, e procurem saber a história de cada um destes lugares. Participem de alguns dos vários festivais chineses que procuram reviver os costumes de seus antepassados, como o Festival do Barco Dragão, da Primavera e a Festa do Ano Novo Chinês. São muito divertidos, bonitos e surpreendentes.


Apesar da grande quantidade de pessoas e da poluição das grandes cidades, conhecer a China foi uma das experiências mais ricas importantes que pude realizar. Recomendo veemente a visita e repito: vá de mente e peito aberto!



Relato concedido por Thais Caroline Lacerda Mattos, mestranda em Ciências Sociais na Linha de Relações Internacionais – Unesp campus Marília.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

14 Dias Na China !



Minha experiência começou quando peguei o voo SA 0223 no aeroporto internacional de Guarulhos/Cumbica em São Paulo – SP até o aeroporto internacional Oliver Tambo em Joanesburgo na província de Gauteng. A duração foi de 8 horas mais um voo até Hong Kong que durou cerca de 13 horas. De lá peguei um Taxi até a estação internacional de trem.

Na China, fiquei na cidade de Cantão ou Guangzhou, uma das três principais cidades do país e a principal cidade da província Guangdong. Guangzhou é muito maior que São Paulo, com uma poluição muito grande, que se acentua a cada dia com as fábricas localizadas ao seu redor. É moderna, um polo industrial, com vários pavilhões de exposição do qual tive a oportunidade de apreciar uma das maiores feiras do mundo: a feira de exposição empresarial de Canton.

É um local onde você encontra de tudo! De tudo mesmo! Qualquer tipo de material sendo exposto. Os produtos exibidos nessa mostra, que dura aproximadamente um mês e está situada em um dos três maiores pavilhões de exposição que existe no mundo, são produtos industriais. Por exemplo: máquinas de lavar, cortador de grama, refletor de led, refletor de carro, entre outros. A cada semana mudam os artigos, uma semana tem de jardinagem à casa, na outra, eletros domésticos, costura à aparelho cirúrgico, ou seja, durante o mês todo vai mudando o tipo de material a ser exposto. É uma variedade muito grande!

A feira não é para o consumo imediato. Como falei, são produtos para a indústria. Produtos industrializados da China. Normalmente, os interessados vão até a exposição, fazem contato com os fornecedores, conhece o produto e depois realiza a compra junto com a empresa.

Por ser China, é uma cidade completamente diferente do que estamos acostumados. É uma cultura totalmente distinta. Principalmente na alimentação. Eu estive em alguns restaurantes em que não existia garfo e faca e fui praticamente obrigado a comer de hashi, ou melhor, tentar comer de hashi, por falta de opção de talheres. Por mais diversa que a comida seja, temos algumas semelhanças, como por exemplo, o macarrão frito e os frutos do mar. É a alimentação base deles, além, é claro, do pato e da carne de porco. Eles comem muito pato e carne de porco!  Mas para o meu paladar, depois de uns dois ou três dias, eu já estava atrás de um Mc Donalds.

Hong Kong descrita como o lugar onde o “Oriente encontra o Ocidente”, fica muito claro o seu funcionamento de forma independente da China, é um lugar milionário. É onde todas as empresas, os grandes negócios, estão situados. Fazendo um pequeno adento, minha intérprete que era chinesa não pode entrar em Hong Kong, pois não tinha visto...como falei, é muito claro a independência dessa cidade-Estado.

Além de ser um centro financeiro poderoso, é uma cidade muito bonita! Tem um porto gigantesco e um aeroporto igualmente gigante. Realmente é uma cidade que impressiona! E muito cara também. Para vocês terem uma ideia eu andava cerca de 40km e pagava 300 dólares hong kong guinness, que daria mais ou menos 40 dólares americano, e uns 80 à 100 reais. Que é muito caro! Comida é cara, bebida é cara, transporte é caro. Para resumir, o custo de vida nessa cidade, é caro.

O comercio de Hong Kong é enorme e diferentemente do que estamos acostumados a pensar, os produtos vendidos na “25 de Março” deles, são originais, porém tão caro quanto no Brasil. A impressão que tive, por mais que seja uma cidade espetacular, não é uma cidade para passeio...eu voltaria à trabalho, mas não para passeio.

Além dessas duas cidades, estive em Ginseng. Ela é muito parecida com Guangzhou, com o mesmo nível de poluição: tive a impressão de ser neblina na cidade. Embora seja parecida com Cantão, não é tão grande, mas igualmente poderosa. Está localizada bem perto de Hong Kong. Peguei um trem até lá. Para simplificar, é muito legal e tanto Guangzhou como Ginseng se parecem com São Paulo, minha terra.

Ambas as três cidades que visitei, tem uma vida noturna muito agitada! Altas baladas. Mas para o meu gosto, prefiro a vida noturna de Guangzhou.

Para finalizar, duas das coisas que mais me chamaram a atenção nessa viajem: o trânsito e o uso de aparelho celular. Todos no trânsito, por mais que seja pesado, são educados e o uso dos celulares é a todo momento em qualquer hora, seja para o que for!


Uma experiência muito interessante! Que recomendo para quem tiver a oportunidade!


Relato concedido pelo profissional de Light Design, Welson Camara de 48 anos.

sábado, 5 de julho de 2014

Todo Mundo Deve Viver na China Pelo Menos Uma Vez !



Por Andrea Xu

Preferivelmente, enquanto você é jovem e flexível para que possa lidar com a poluição. Vivendo na poluição, você se fará um pergunta: como tantas pessoas podem viver assim, tendo dias nos quais você não consegue enxergar o sol por causa da fumaça? Viver na poluição fará você ter uma maior valorização do meio ambiente e talvez, ser mais ativo em preservá-lo.


Viva na China, e seja cercado por 1.4 bilhões de pessoas que vivem nesse país. Surpreendentemente, haverá momentos em que você se sentirá completo e totalmente sozinho. Você vai aprender o poder da interação humana, irá aprender a apreciar ainda mais seus amigos e sua família. Você provavelmente se tornará menos envergonhado, e ser mais propenso a interagir e conversar com estranhos. Você construirá relacionamentos que nunca teria em outras situações.


Ir e viver na China, por todo o bem que é imergir-se em uma cultura onde a linguagem é completamente diferente, onde as pessoas estão coladas em seus celulares e iPads, onde a maioria das pessoas cresceram sem um irmão. Você vai se admirar como somos incrivelmente diferentes e semelhantes, mas que estamos todos conectados através da humanidade.


Experimente o empurrão, o corte de linhas, a gritaria, as buzinas, o espanto, seu coração batendo enquanto joga Frogger com sua vida cada vez que você atravessar a rua. Você aprenderá a ter paciência. Se você for um estrangeiro que não se parece com chineses, tenha a experiência do fã clube de meninas, de ser parado frequentemente para tirarem fotos com você e então estará nas centenas de celulares das meninas chinesas. Se for um estrangeiro que se parece com chineses (ou é chinês), prepare-se para ser visto como um tradutor, mesmo que seu mais estranho concorrente de aparência seja melhor em chinês que você. As pessoas ficarão confusas com o fato de você ser americano, mas ter origens chinesas. Você terá problemas de identidade e de gênero que nunca tenha tido antes.


Se você é mulher, viver na China significa ser sujeita à discriminação sexual implícita e explícita. Levante sua cabeça para o alto enquanto se espanta com homens chineses, olhando para você como se eles estivessem tentando retirar as roupas fora de sua pele. Exponha a sua força enquanto você se defende de homens que pensam que podem fazer ou dizer o que eles querem de você; aguente firme quando você for preterido por sua contraparte masculina. Use estas experiências e canalize-as para um compromisso mais firme pelos direitos das mulheres.


Vá à China, e o nerd dormente em você vai surgir. Observe a justaposição de arranha-céus, ao lado de ruínas, complexos de apartamentos, de ruas repletas de lojas de luxo, como Louis Vuitton e Fendi, e quando virar a esquina e serão barracas e estandes de produtos chineses baratos. 


Deleite-se como um país que foi virado de cabeça para baixo a partir da Revolução Cultural de apenas 30 e poucos anos atrás se transformou em um país empurrando o seu caminho para frente. Você vai se sentir como se você estivesse vivendo um momento crucial da história, como se algo dramático pudesse acontecer a qualquer momento. Desfrute da excitação.


Então, deixe a cidade grande, e encontre uma aldeia rural. Seja transportado de volta no tempo, e observe uma vida mais simples. Assista as crianças descalças jogar entre os campos, os agricultores plantando arroz em terraços campanário com bois, galinhas correndo descontroladas e idosos com a pele curtida e dentes perdidos. 


Veja se alguém vem até você e pede-lhe para ajudar a ler para eles o que está escrito nos pacotes de sementes - aposto que alguns deles virão. Mantenha-se na aldeia durante o tempo ou pelo tempo que quiser, mas apenas lembre-se: justaposição. 


Como um país pode ter cidades como Xangai e Pequim, mas também aldeias enfiadas nas montanhas? Você não pode imaginar por que as pessoas se mudam para lá, onde serviços básicos como eletricidade às vezes são um luxo. Será que isso significa qualificar a China como um país em desenvolvimento ainda? Talvez. Então, vá para uma aldeia. Você vai aprender a pensar. As prioridades podem mudar. (Isso, e não se esqueça de ir ao banheiro pelo menos uma vez. Eu garanto a você vai ser apenas um buraco no chão).


Vá, vá viver na China e experimentar o caos, as pessoas, a cultura, a comida. Vá e conheça novas pessoas, converse com estranhos, aprenda a sua história - vai ser muito mais diferente do que você está acostumado. Seja puxado e empurrado, se sinta sozinho, e aprecie a humanidade, ainda mais quando você achar que uma pessoa que não está julgando-o ou interromper seu pensamento quando você tropeça em chinês. Siga em frente. Abrace a nação com dois braços, e ria quando você se atolar por tantas frustrações que você só irá querer gritar com a nação. Porque você vai. E quando você voltar para os Estados Unidos, ou de onde você for, você vai ser uma pessoa diferente. Você vai ter histórias. Histórias de condutores de riquixás, de baijiu, da mistura de tons, de serem roubados, dos bebês que defecam na rua, daqueles momentos de euforia em que viver na China por este breve período valeram a pena. Você não vai se arrepender.



Todo mundo deve viver na China pelo menos uma vez. 



Tradução de: Lara Fernandes 


Leticia
 Por Letícia Osti – Direto de Marília-SP, Brasil.
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